terça-feira, 6 de outubro de 2015

Divulgação: Chiado Editora

Lançamentos de Outubro!


E ai, galera, tudo bem? Hoje tenho o prazer de trazer os lançamentos da Chiado, portanto, espero que gostem, pois há muitos! E um melhor que o outro! <3


“E o Grito perguntou à Espera por que esperava ela, se aguardava alguém, se tinha perdido alguma coisa e a esperava encontrar, por que se calava e ficava silenciosa, amargamente queda, impassivelmente ausente, como se o coração e os olhos lhe tivessem sido arrancados e a vida a tivesse deixado há muito, a ponto de não ter memória e os seus olhos serem um espaço vítreo, baço de neblina. A Espera olhou demoradamente o Grito e, cansada, encostou a cabeça ao seu ombro e soluçou convulsivamente até o Grito se calar e não ficar ali mais nada a não ser a dor dos dois.”











O livro “A Ferramenta que Faz os Contos” é uma obra que “comunica estética e éticamente com o leitor o não comunicado”, segundo a autora. A 1ª edição de editora, com a Chiado Editora, resulta numa forma para que a mesma chegue ao mundo, sendo que é uma obra do mundo e para o mundo. Ainda, para permitir para uma maior audiência, os Contos foram traduzidos para inglês pelo filho mais velho da autora, Carlos Samuel Carvão. As ilustrações são da autoria de uma amiga do seu filho, Carina Morais e algumas ideias das mesmas do filho mais novo da autora, Daniel Marques Carvão. Um trabalho verdadeiramente em equipa com um foco privilegiado nos jovens. A Metodologia alavanca-se na obra “A Ferramenta que faz os Contos“ no sentido de apresentar uma abordagem privilegiada na Filosofia como caminho para o melhoramento do Ensino. Uma Filosofia da Educação que tem como núcleo (na Metodologia) Filosofia Com Crianças. A Metodologia é um guia para os solicitadores/moderadores de Filosofia Para/Com Crianças e para professores do ensino convencional. Cada conto da obra “A Ferramenta que Faz os Contos“ é nela explorado, em sessões de trabalho, sempre em torno de um conceito aberto, da mesma forma que o livro de contos.



Cephas e Moriaki são convictos mutantes e ex-cobaias do Grande Cientista Dr. Lúvia.

Após escaparem à morte as duas pobre almas encontram-se sobre o Jugo de Zaki, a misteriosa jovem que os salvou e a quem ficaram ligados segundo um acordo:

Em troca de liberdade teráo que a acompanhar numa inesperada aventura até Hantedrea ao encontro do famoso doutor, o seu papá.













De forma despojada, são abordadas temáticas de sempre. A Mulher e os seus êxitos e fracassos existenciais é um vetor que perpassa por todo o livro, sem arroubos de feminismo militante, é claro. O livro integra duas partes que se complementam. Na primeira são postas a nu certas fragilidades da nossa sociedade, os “Soci-AIS”, sendo tratados, a propósito, certos tipos (sociais), numa determinada galeria imaginária. São homenageadas algumas figuras de destaque, tais como... terão de ler o livro, como é evidente. O Amor também é tratado, como não fazê-lo?! E o reverso da medalha... o desamor, aquele que deixa na boca o travo mais amargo, mas tudo isto numa segunda parte. A autora pretende oferecer aos leitores, para reflexão, a sua perspetiva... poética, é claro, sobre o mundo / esta sociedade que nos rodeia, que enferma de tantos males: O Desamor, a Inveja, o Machismo, o Cinzentismo, enfim, causador de tanto Spleen(Baudelaire era um sábio!!).





Quem são as mulheres que vivem numa cadeia? E como se vive numa cadeia de mulheres? Como se sente uma reclusa/o que vai entrar de novo no mundo exterior, ao fim de vários anos de cadeia? O sistema funciona ou o Decreto-Lei 265/79 que defende e promete como prioridade a reinserção social, é de uma hipocrisia assombrosa e tudo passa por aquilo que a espera em liberdade?

Erradamente, a cadeia é um casulo e, embora deseje a liberdade, é com medo que qualquer reclusa/o sai: o medo da não aceitação dos outros, da rejeição da família, do ter que esconder a sua anterior situação e de, entre tantos medos, se perder de novo.

A Justiça é cega. Sem dúvida. E, muitas vezes, na sua cegueira, injusta. E os recursos? Para quem tem dinheiro para pagar a um advogado. E os advogados oficiosos, previstos na Lei? A maioria conhece a/o reclusa/o só no dia do Julgamento.

Neste livro, todas as histórias são verdadeiras mas, à excepção da Myriam, os nomes foram alterados. Os diálogos são ficcionados, mas os acontecimentos não.


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